A galeria das despesas tem um nome pomposo. Gerido por diversos políticos, o Banco lançou-se em métodos sofisticados de gestão e em apostas tóxicas de produzir fortunas. Quem cabritos tem, cabras não tendo, donde lhe vem? E assim a gestão dos bancos foi virando um espaço de encaixe de amigos políticos, de favores entre grupos partidários, de ofertas e benefícios entre aqueles que discutem nas bancadas do Parlamento sem jamais terem dado o corpo ao manifesto, criar empresas, pagar as despesas, lutar por capital que não chegou no bolo rei. O facto é que temos milhares de pessoas desta República que o único emprego que conheceram foram os lugares por convite ou por decisão superior. Os bancos estão cheios de malta “conhecida”, de gente do Parlamento, das autarquias e que ficam entre governações nos lugares de bons ordenados. Há imensas fantasias extraordinárias nisto. Factos intempestivos, como despesas de advogados não servirem para descontos, gente sem profissão além de político, gente sem lugar fora dos cargos sem concurso. Depois são escandalosos ordenados nas profissões de favor, nos lugares de amigos. Depois, este quisto social decide da vida dos outros com base na experiência que leu, ou viu, mas nunca vivenciou. O resultado é dominarem mal a mercearia e querem fazer economia e gestão. Assim têm dificuldade na aritmética e lançam-se em formidáveis equações. Somar, para eles é fácil, pois as parcelas são sempre dadas, e subtrair não custa, pois não acarreta esforço esbanjado. O suor não mora ali. Assim se delapida a fortuna do pai e se esbanjam os gastos herdados. Avô rico, filho preguiçoso, neto ladrão. Hoje vivemos a loucura de alguns e o escândalo de sermos nós, os que trabalhamos e pagamos impostos, a arcar a despesa destes amigalhaços da TV.
Por: Diogo Cabrita