Na primeira semana de funcionamento, o centro comercial Vivaci foi visitado por milhares de pessoas. O INTERIOR passou pelo espaço na quarta-feira e as expressões dividiram-se entre o contentamento pela novidade e o desagrado por haver muitas lojas fechadas.
Sónia Gaspar estava satisfeita com a localização e pela forma como o edifício está conseguido no plano arquitectónico, sobretudo no interior. Todavia, a jovem critica o reduzido número de lojas abertas – que «não permite grande escolha» –, «com preços bastante elevados», e o facto de algumas terem problemas relacionados com pó e a água. Sportzone e DeBorla são as duas insígnias que Sónia Gaspar classifica de «boas apostas», que contrariam a tendência geral. O horário alargado é outra das vantagens apontadas ao Vivaci. Depois de percorridos alguns dos corredores do centro comercial, André Fernandes fez uma apreciação igualmente positiva, com destaque para «o espaço bem conseguido», embora haja o «senão» da quantidade de lojas ainda fechadas. Crítica semelhante partiu de Pedro, colega de André, que destaca a loja de artigos desportivos e o edifício «moderno e bem conseguido». Ainda assim, acha-o desproporcionado, tendo em conta as reais necessidades da Guarda: «Fazia falta algo assim, mas é um pouco demais. Já há outras coisas, como o Internarché, apesar deste ser diferente. Mas acho que a Guarda faz bem em inovar», afirmou.
Vítor Costa partilha de algumas destas posições, mas discorda de outras. «O Vivaci peca por ser tão tardio. A Guarda já merecia, por ainda não existir nenhum verdadeiro centro comercial», sustentou, duvidando que o Intermarché ou o Garden fossem centros comerciais de facto. A sua maior crítica tem a ver com a localização: «Não me agrada ver um centro comercial “moderníssimo” numa zona histórica com mais de oito séculos», declarou. Neste particular, José Augusto, de 62 anos, prefere referir as vantagens desta localização: «Fizeram bem em aproveitar este espaço, que não dignificava a cidade tal como estava», considerou. Críticas, apenas para os preços que «ainda não estão muito convidativos», lamentou.
Câmara recua na Avenida dos Bombeiros Egitanienses
Um dia depois de admitir que o trânsito funcionaria «bem no sentido ascendente» na Avenida dos Bombeiros Egitanienses, Joaquim Valente teve mesmo de recuar. Na conferência de imprensa que antecedeu a inauguração do Vivaci, o edil já se mostrava disponível para adoptar outra solução se fosse necessário. Mas nesse dia começou a circular um abaixo-assinado contra esta solução e os protestos intensificaram-se na quarta-feira. No dia seguinte, a autarquia acedeu aos pedidos. «A Avenida dos Bombeiros Voluntários Egitanienses passa a ter dois sentidos e o estacionamento entre lombas é proibido. Serão ainda criadas três passadeiras (uma no acesso principal, outra no topo norte e outra no topo sul do centro comercial) e colocados dissuasores entre lombas», refere um comunicado. Sem alterações ficou a Avenida Almirante Gago Coutinho, com trânsito nos dois sentidos e restrições no estacionamento.
Igor de Sousa Costa