A exposição “Uma coisa nunca vista: João Abel Manta artista revolucionário”, comissariada por Pedro Piedade Marques, ainda pode ser visitada no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, em Gouveia, até dia 31.
Inaugurada no dia 25 de abril, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, é a primeira mostra a exibir a obra gráfica de João Abel Manta em torno do eixo da Revolução portuguesa de 1974-75, «não se cingindo apenas ao que o artista (nascido em Lisboa em 1928) produziu entre o final de abril de 1974 e o final de novembro de 1975, mas mostrando ainda obra posterior e a obra anterior a 1974 que expressava (e anunciava) o espírito indiscutivelmente contestatário (e revolucionário)» do artista. A exposição divide-se em quatro áreas temáticas: Resistência; Revolução; Memória e Portugal. Há ainda uma sala dedicada à pintura coletiva de 10 de junho de 1974, composta por peças pertencentes ao acervo do museu gouveense com autoria de 22 dos 48 artistas que nela participaram.
As obras expostas vieram do Museu de Lisboa e do Museu Abel Manta de Gouveia, com aportações da coleção do artista, bem como de outras coleções particulares. Acompanhando as peças, estão exemplares da imprensa periódica e não-periódica nacional e estrangeira que divulgou o trabalho de João Abel Manta. São também exibidas curtas e médias metragens relevantes para o contexto da sua obra gráfica, como “Revolução”, de Ana Hatherly (1975), “Pintura colectiva”, de Manuel Costa e Silva (1975), “A noite saiu à rua”, de Abi Feijó (1988).