Faz, no dia 27 do corrente, séculos que Dom Sancho I nos atribuiu em Carta de Foral uma série de obrigações e direitos, livrando-nos do controle dos senhores feudais. A cidade perfaz a bonita idade de 825 anos.
Esse documento criou o concelho da Guarda e objetivamente transferiu os poderes de administração para o que hoje chamamos de munícipes nem sempre bem representados pelas pessoas que elegemos.
É comum os nossos representes nas suas atribuições serem parcos em matéria de obrigações e lustrosos no que respeita a direitos. Sobretudo a direitos dos próprios.
Sempre em nome do interesse público, utilizam a legitimidade que lhes conferimos atribuindo benesses ao que é o seu púbico, com manifesto prejuízo do público que somos todos os munícipes.
Comemoramos no próximo dia 27 de novembro, com os festejos e acontecimentos amplamente difundidos, celebrando também, e muito bem, pessoas e instituições que fazem parte da nossa realidade municipal e que de uma forma ou de outra acrescentaram e acrescentam à cidade e ao concelho.
O dia 27 de novembro é, sem dúvida, um dia que deve e que tem que ser celebrado, nem que seja para nos lembramos que Dom Sancho fez de nós cidadãos livres de podermos decidir o que queremos ser. Já lá vão 825 anos.
Sinceramente gostaria de celebrar no dia 27 de novembro um dia algo diferente. De celebrar um concelho e uma cidade que já foi a pérola do interior. Celebrar a cidade da Guarda como a Capital do Desporto e porque não a Capital do Desenvolvimento Económico. Temos condições para em futuras comemorações o podermos celebrar.
Temos que trilhar esse caminho sob pena de continuarmos a definhar.
A continuar nesta senda, vamos fazer muitas inaugurações, algumas comemorações e nenhumas celebrações.
* Deputado do Chega na Assembleia Municipal da Guarda