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«A ASAE é um órgão de polícia criminal»

Cara a Cara – Entrevista

P – Qual o âmbito da acção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)?R – A ASAE trata da avaliação, prevenção e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, dando pareceres científicos e técnicos, recomendações e avisos, bem como informações, comunicações e divulgações. Faz fiscalização da disciplina do exercício das actividades económicas nos sectores alimentares e não alimentares. Tem a seu cargo a Coordenação Nacional do Programa de Controlo Oficial dos Géneros Alimentícios, fazendo prevenção em matéria de infracções contra a qualidade e genuinidade. Incide igualmente na repressão das acções de açambarcamento de bens e serviços, na instrução processual, crime e contra-ordenacional, e na execução de perícias e colheitas de amostras.

P – O que diferencia a ASAE da Inspecção das Actividades Económicas?

R – A ASAE é um orgão de polícia criminal, com um directório constituído por uma presidência, quatro vice-presidências, um conselho científico e comissões técnico-especializadas.

P – Quantos agentes inspectores integram a delegação de Castelo Branco?

R – Actualmente, a delegação tem cinco inspectores da área económica e 12 inspectores da área alimentar.

P – Qual o objectivo da sua actuação?

R – Actua na fiscalização da área alimentar e não alimentar, e a sua área de actuação compreende os distritos de Castelo Branco e da Guarda.

P – Que organismos conjuga a delegação?

R – Conjuga a Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE), a Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar (DGFCQA), a Agência para a Segurança Alimentar (APSA), que são organismos extintos e transitados. Reúne ainda serviços de fiscalização extintos, como a Agência de Controlo das Ajudas do Sector do Azeite (ACACSA), a Direcção-Geral de Pescas e Aquicultura (DGPA) e o Instituto do Vinho do Dão e do Porto (IVDP).

P – A delegação tem centro de formação?

R – Possui um Centro de Formação Técnica sediado no Centro de Formação Profissional do Couto da Várzea, em Idanha-a-Nova.

P – Em termos de criminalidade e de infracções contra-ordenatórias, a proximidade com a fronteira influencia de alguma forma o vosso trabalho?

R – De momento não se encontra qualquer relação directa, relacionada com contrabando de bens e serviços ou o aumento de crimes económicos face à proximidade com a fronteira administrativa.

P – Quais os agentes económicos inspeccionados no distrito da Guarda, na operação nacional “Consumidor Protegido”, no passado 15 de Março?

R – Foram efectuadas inspecções em sete agentes económicos do ramos de prestação de serviços. Nomeadamente a quatro cabeleiros, uma clínica médica, uma clínica de estética e um consultório médico-dentário. Verificou-se, como contra-ordenações, a falta de aviso de presença de livro de reclamações, inexistência da identificação da entidade destinatária das reclamações, falta de livro de reclamações e de tabela de preços.

P – Houve produtos confiscados ou serviços suspensos?

R – Não se justificou o recurso a nenhuma dessas acções.

* por motivos de segurança, o entrevistado não quis ser fotografado.

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