Um “penso inteligente” que protege, trata e monitoriza feridas através da cor, criado por alunos e investigadores do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), foi apresentado no Congresso de Feridas, que termina esta sexta-feira no Teatro Municipal da Guarda.
O “Colorwound” permite perceber, através das cores que assume, se as feridas têm focos de infeção ou se já estão a cicatrizar. Trata-se de «uma ideia simples, mas muito inovadora e eficaz, que responde com precisão à dificuldade de saber o momento certo para substituir os pensos dos pacientes«, recorda a docente e investigadora de Ciências Biomédicas e Bioanalíticas do IPG Sónia Miguel, que coordena o projeto “Colorwound”.
«É também um contributo para a redução de custos e desperdícios associados ao
s cuidados primários de tratamento de feridas», realçou a responsável. Já o subdiretor da Escola Superior de Saúde da Guarda, Maximiano Ribeiro, refere, numa nota enviada a O INTERIOR, que, «quer nos projetos de investigação», quer nos cursos da área da saúde, o IPG «dá, há anos, uma atenção especial aos desafios de saúde colocados pelas feridas e pela procura das melhores soluções para as tratar».
Lembrou, a propósito, outro projeto, o “BIO-LIGNE”, que desenvolve a transformação da lignina (subproduto da pasta de papel) em materiais inovadores para a administração de medicamentos e que poderá ter aplicação no tratamento de feridas.