Cara a Cara

«As equipas que nos visitam já demonstram alguns sinais de respeito relativamente ao nosso jogo»

Daniel Branquinho Guarda Up
Escrito por Efigénia Marques

P – A Escola Desportiva Guarda Up apresentou as equipas para a nova época. Qual é a expetativa e os objetivos para a temporada que se inicia?
R – Vamos participar pela primeira vez em todos os escalões, tanto femininos como masculinos, com equipas desde os sub12 até aos sub18, que são equipas de formação, e depois vamos ter também seniores masculinos e femininos e os masters. Neste momento estamos com 140 atletas da formação, mais os seniores e masters. Quanto aos objetivos da época, queremos continuar a dar continuidade ao crescimento ao nível da qualidade do basquete praticado e da competição de forma a que as nossas equipas consigam, na sua maioria, participar nas competições nacionais e nas seleções nacionais nos escalões de sub18, masculino e feminino. Este ano vamos tentar o acesso aos Campeonatos Nacionais de sub16 e sub14 masculinos, é o nosso objetivo. Temos alcançado algum sucesso nos anos anteriores e, para esta época, vamos renovar e até aumentar esses objetivos.

P – Tendo em conta as últimas épocas, pode-se dizer que o basquetebol está mais competitivo na Guarda neste momento?
R – Sim, atualmente vir jogar à Guarda já é sinónimo de basquetebol de qualidade, as equipas que nos visitam já demonstram alguns sinais de respeito relativamente ao nosso jogo e àquele que poderá ser o resultado final do jogo. Isso é fruto de muito trabalho, bem como do apoio dos pais e do empenho dos atletas. O seu envolvimento e compromisso ao longo de vários anos é que nos têm levado a esse sucesso.

P – Com que apoios conta o Guarda Up para preparar esta nova época?
R – O apoio principal são os pais, que tem sido incansáveis não só no acompanhamento dos filhos, mas também em tudo o que é a envolvências nos jogos em casa e fora. Continuamos a contar com o apoio do município, vamos ver se conseguimos apertar com eles na questão do apoio do transporte para ver se há forma de fazer algum ajuste, principalmente para as equipas que vão aos nacionais. Temos também algum apoio do tecido empresarial, sabemos que não é muito fácil, mas têm-nos dado algum apoio e ajudado bastante. No ano passado conseguimos adquirir uma carrinha com esse apoio das empresas da Guarda e este ano vamos ver qual é o projeto a concretizar, talvez seja alguma renovação de equipamento ou material de que temos alguma necessidade.

P – Pode-se dizer que a participação de equipas com algum renome na modalidade no torneio de apresentação do Guarda Up é também um reconhecimento pelo trabalho na formação?
R – Conseguirmos trazer equipas com nome a nível nacional e serem essas equipas, quando estabelecemos o primeiro contacto, as primeiras a demonstrarem interesse e vontade em participar é sinónimo que o nosso trabalho é bem feito, está a ser valorizado e que vir à Guarda não significa jogar com uma qualidade inferior. Hoje em dia, vir à Guarda significa um jogo com qualidade e com o apoio destes pais e desta gente, que têm sido incansáveis. Temos tido o pavilhão sempre cheio, e isso é sinónimo de qualidade.

P – Tem sido difícil cativar praticantes ou o Guarda Up já fez o seu caminho e tem neste momento dificuldades em aceitar inscrições?
R – Temos sempre mais margem no minibasquete pela evolução natural das coisas, porque os miúdos e as meninas que temos vão evoluindo. Nos outros escalões a maioria dos atletas já são praticantes há algum tempo e naturalmente haverá mais alguma dificuldade de integração daqueles jovens que nunca experimentaram a modalidade. No entanto, temos recebido alguns, estamos a envolvê-los de forma pausada e por etapas para que se integrem bastante bem. Mas o nosso grande objetivo este ano será aumentar bastante o número de atletas de minibasquete, principalmente mini8 e mini10, para conseguirmos dar continuidade nos próximos anos ao que tem sido feito e nesses escalões temos bastante margem. De resto, acho que há um potencial na Guarda que ainda não explorámos e que vamos tentar explorar.

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DANIEL BRANQUINHO

Presidente da direção e treinador da Escola Desportiva – Guarda UP

Idade: 40 anos

Naturalidade: Guarda

Profissão: Professor de Educação Física

Currículo (resumido): Licenciatura em Ciências do Desporto – Menção em Educação Física pela Faculdade de Motricidade Humana; Mestre em Treino Desportivo para Crianças e Jovens pela Universidade de Coimbra; Treinador Grau III; Selecionador distrital; Formador de cursos de treinador de basquetebol; Treinador da equipa universitária do Instituto Politécnico da Guarda; Membro associado da IPLA (International Physical Literacy Association); Especialista em Preparação Física de Crianças e Jovens

Livro preferido: “Ensaio sobre a Lucidez”, de José Saramago

Filme preferido: Vários

Hobbies: Desporto, leitura, cinema e viajar

Sobre o autor

Efigénia Marques

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