A Infraestruturas de Portugal (IP) vai avançar com a eletrificação do troço Régua-Pocinho e o estudo para a reabertura da Linha ferroviária do Douro até Barca d’Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.
«O atual ponto de situação do desenvolvimento destes contratos é demonstrativo do total empenho da IP para que a realização dos investimentos previstos na Linha do Douro, no âmbito do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, sejam uma realidade até ao final da presente década», anunciou a empresa na segunda-feira. A IP, que tem sido criticada por atrasos na concretização da modernização da Linha do Douro, referiu que, no âmbito dos programas Ferrovia 2020 e PNI 2030, está a desenvolver um conjunto de projetos que pretendem dotar a via «dos mais modernos sistemas de controlo, comando e sinalização interoperáveis e de tração elétrica em toda a sua extensão, criando uma infraestrutura ferroviária moderna, mais segura, com maior capacidade e sustentável ao serviço da mobilidade das populações da região».
Nesse sentido, revelou que, em junho, foram concretizadas «várias ações de relevo no desenvolvimento dos procedimentos em curso, designadamente o início da fase de estudos e projetos». Entre eles está o contrato Linha do Douro – eletrificação e modernização do troço Peso da Régua-Pocinho – e a adaptação e substituição de pontes metálicas – Lote 1, 2 e 3 – com um valor de 2,4 milhões de euros. A empresa acrescentou que foram «contratados e iniciados os estudos das soluções a implementar por forma as pontes metálicas do subtroço Régua/Pocinho poderem suportar cargas rebocadas de 22,5 toneladas/eixo». Já na semana passada teve lugar a abertura das propostas para o concurso designado Régua-Pocinho – Eletrificação e Modernização, lançado com um preço base de sete milhões de euros e que se destina ao desenvolvimento dos estudos e projetos necessários à eletrificação e modernização das infraestruturas daquele subtroço.
A IP revelou também que, na primeira semana deste mês, teve também início o contrato para a elaboração do estudo prévio e projeto de execução para a reabilitação e reabertura do troço Pocinho/Barca D’Alva. Com o valor contratual de cerca de quatro milhões de euros, este investimento tem como objetivo a reabertura à exploração ferroviária deste troço da Linha do Douro desativado em 1988. A via ferroviária atualmente liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura dos 28 quilómetros restantes entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).
