Há mais 53 Pequenas e Médias Empresas (PME) Líder na região das Beiras e Serra da Estrela em comparação com o ano anterior. Os números recentemente publicados correspondem a 2023 e, na região, nove municípios viram aumentar o número de empresas distinguidas, sete mantiveram o mesmo número e diminuíram em dois concelhos.
Foi no município da Guarda que se registou o maior aumento, tendo passado de 33 para 42 PME Líder. Logo a seguir os concelhos com maiores crescimentos são Seia, que tinha 6 e passou para 11, e o Fundão, que em 2022 contava 29 PME Líder e teve 34 no ano passado, um aumento de cinco empresas na lista. Aguiar da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Gouveia, Mêda, Pinhel e Trancoso são os concelhos que mantiveram o mesmo número de PME galardoadas em 2023 face a 2022. Quanto aos concelhos onde o número de PME Líder diminuiu, Vila Nova de Foz Côa teve a maior descida (menos quatro empresas) e Fornos de Algodres perdeu duas empresas em comparação com o ano anterior.
No total, em 2023 houve 231 Pequenas e Médias Empresas Líder na região, o que representa um acréscimo de 53 empresas na lista divulgada pelo IAPMEI. Recebem a distinção de PME Líder as empresas que atestem o «cumprimento dos critérios de micro, pequena e média empresa». Este estatuto é um selo criado pelo IAPMEI e é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal «tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros». O galardão está associado a benefícios, como o «acesso em melhores condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação da relação com a banca e um certificado de qualidade para as empresas na sua relação com o mercado».
Orlando Faísca ambiciona chegar «às mil PME Líder»
Sobre o aumento das PME Líder na região, o presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA) acredita que a notícia «traz notoriedade à região, aos empresários e às empresas que estão mais robustas».
Para Orlando Faísca, «se nos capacitarmos, conseguimos ter mais vendas, mais sustentabilidade e aumentar a rentabilidade». O dirigente empresarial assume que «precisamos de mais empresas PME Líder». Olhando para os dados das Pequenas e Médias Empresas na região guardense em 2023, encontram-se empresas «mais autónomas financeiramente, mais rentáveis, com o volume de negócio em crescimento», constata o presidente do NERGA, acrescentando que, com o passar do tempo e o crescimento do próprio negócio, estas «vão precisar de mais trabalhadores».
Por tudo isto, pela notoriedade e pela valorização das empresas da região, Orlando Faísca quer que «no futuro sejam criadas condições das empresas já instaladas e que possam ter o estatuto de PME Líder e criem um ecossistema positivo para atrair mais investimento e pessoas». O responsável adianta dois pilares essenciais: um que envolve o Governo, que tem de «criar condições de discriminação positiva ao nível de IRS e da habitação» para atrair pessoas para os territórios de baixa densidade; e, por outro lado, é necessário «capacitar as empresas e as pessoas com novas competências para alavancar o conhecimento e a produtividade». Para Orlando Faísca, «bom é quando chegarmos às 1.000 PME Líder».