Sociedade

Mercado de São Miguel voltou a encher-se de produtores e clientes

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Escrito por Sofia Pereira

O espaço esteve dois anos a ser requalificado, por 400 mil euros e, desde a reabertura, é a primeira vez que há bancas e produtos endógenos

Dezenas de pessoas passaram pelo Mercado de São Miguel, na Guarda, na tarde de sábado. A azáfama, a confusão e o burburinho voltaram a preencher este espaço onde estiveram mais de 30 expositores a vender produtos artesanais e endógenos.
A opinião geral dos produtores é que a iniciativa é «interessante» para os artesãos e população, segundo a vendedora Elsa Marcos. Para Jorge Gonçalves, «qualquer iniciativa é boa, nem que seja só para divulgar as pequenas lojas e pequenos comércios», mas no que toca às vendas nem todos os testemunhos são positivos. Maria Helena também se mostra cativada pela iniciativa, mas nota que «apesar de haver muito movimento neste primeiro dia, as pessoas vêm só para ver… Mas pode ser que para a próxima venham para comprar». Já Elvira Marques é produtora e considera que atividades como o “Mercado ao Sábado” já deviam ter começado «há mais tempo», uma vez que agora, tendo em conta a idade da agricultora e do marido, «já não têm quase produtos para vender». Mesmo assim, tem esperança de que «para a geração mais nova este mercadinho é um incentivo a produzirem coisas da terra».
A primeira edição do “Mercado ao Sábado”, iniciativa levada a cabo pelo NERGA e pelo município da Guarda, realizou-se pela primeira vez no último sábado. Orlando Faísca, presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda, descreve o ambiente sentido como «excecional» e explicou que a ideia foi «trazer para a zona Estação os produtos endógenos, provas e gastronomia». É uma forma de «aproximar as pessoas», incentivar ao «convívio» e de haver «algo diferente na Estação», que é uma «mais-valia para a Guarda». De quinze em quinze dias o “Mercado ao Sábado” vai realizar-se no Mercado de São Miguel para «promover os negócios dos produtores e atrair visitantes à zona da estação».
O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, lembrou que o Mercado de São Miguel serve exatamente para receber este género de iniciativas, que «era o objetivo quando terminámos a obra de requalificação, para dar uma nova roupagem e nova vida ao mercado e zona envolvente». Ao olhar para a quantidade de produtores e clientes que aderiram ao “Mercado ao Sábado”, o edil disse-se «satisfeito» e espera que nas próximas edições a iniciativa «vá crescendo». A iniciativa está pensada para se realizar quinzenalmente e durante «todo o ano». Quanto às condições do espaço no Inverno, Sérgio Costa lembrou que «temos um pavilhão fechado com todas as condições» e garantiu que, «se se justificar e houver mais procura de espaço, haveremos de encontrar uma solução».
O Mercado de São Miguel, na zona da Estação, reabriu a 27 de novembro, depois de vários constrangimentos durante a requalificação com atrasos no fornecimento de matéria prima. As obras tiveram início em junho de 2022 e custaram cerca de 400 mil euros à Câmara da Guarda.

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Sofia Pereira

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