“Pushing up” é uma ideia do futebol, aplica-se à subida dos defesas para apoio ao ataque e faz sentido se recuperam rápido e só é aplicável com esta condição, doutro modo utiliza-se o “defend deep” para evitar os contra-ataques mortíferos de equipas muito velozes, colocando a defesa mais alta mas utilizando o “fora de jogo” em área não tão próxima do meio campo.
Tenho muitas vezes pensado que um sistema económico de “push up” podia ser um modo de criar patentes e incentivar empregos. Objectivamente, seria o investimento de avultadas somas em projectos empresariais. Uma espécie de totoloto das empresas, baseado num concurso de ideias e num histórico das pessoas, sua agressividade, sua inquietude e seu desejo de vencer. Um tipo imaginava um carro quadrado, um tetris, onde o contacto era possível, movido a energia alternativa, a baixo custo, um locomotor para as cidades. Percebido o alcance da ideia escolhiam-se os protagonistas, engenheiros, fábrica, trabalhadores e aqui vão três milhões de contos. Um prazo e uma auditoria constante para certificar o bom uso do investimento, e todos ganhavam. Uma ideia fantástica como a “loja do cidadão” devia ir mais longe, ter mais aplicações e multiplicar-se pela Europa. Um investimento avultado para ampliar as possibilidades da “via verde”, aplicações novas nos supermercados, nos cinemas, no controlo de tarefas. Há tantas ideias brilhantes que podem ser incentivadas e “push up” com vista a um Portugal de inovação e tecnologia. Imagino-as no sistema judicial, no sistema prisional, na saúde, na indústria e nos serviços.
Por: Diogo Cabrita