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Visita guiada aos Cuidados Continuados

Unidades de Convalescença e de Internamento de Média e Longa Duração da Guarda vão abrir no dia 18

A menos de duas semanas da Santa Casa da Misericórdia abrir a Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Guarda (UCCIG), “O Interior” fez uma visita às novas instalações. O velho Hospital Distrital deu origem a um renovado e moderno espaço que vai acolher as unidades de Convalescença e de Internamento de Média e Longa Duração, cujo funcionamento foi protocolado na semana passada com os ministérios da Saúde e da Segurança Social. Apesar de ainda faltar algum equipamento e material, já está tudo a postos para o dia 18.

A nova estrutura vai dar resposta à necessidade de apoio a pacientes no período de convalescença pós-hospitalar e a idosos com necessidade de tratamentos continuados de enfermagem. Após as obras de recuperação, o edifício dispõe agora de 37 camas distribuídas por três unidades de internamento: convalescença (para permanência até 30 dias), média (de 30 a 90 dias) e longa duração (superior a 90 dias). «A organização do circuito vai estar a cargo da equipa de enfermagem e médica, que vão dizer, numa fase inicial, como é que as coisas vão funcionar», explica Isabel Bandurra, secretária-geral da Misericórdia da Guarda. A entrada vai ser feita pela Rua Doutor Francisco dos Prazeres, por um acesso lateral, junto ao busto do patrono. Já no edifício, a unidade está dividida em três pisos, sendo que só dois são destinados aos doentes enquanto o piso zero está reservado ao uso exclusivo dos funcionários, serviços e armazém. Cada um dos pisos de internamento está apetrechado com um balcão de atendimento ao meio do corredor, uma sala de observação e tratamentos, um gabinete médico, além dos sanitários. Há ainda uma sala de trabalhos para preparação de medicação e de processos. Os pisos 1 e 2 são praticamente iguais nas suas valências, com 18 quartos duplos, e apenas um triplo.

Só se distinguem pelas cores das paredes, que tanto são azuis, como verdes ou rosas. Ainda num piso 1, a “velha” galeria que foi recuperada, tem agora janelas duplas e uma caixa de ar para o arejamento de cada quarto, dá acesso à copa e ao refeitório com capacidade para 20 pessoas, que será simultaneamente a sala de espera para os visitantes. Como a estrutura não possui lavandaria, numa primeira fase será usada a mesma do Lar da Misericórdia, ali ao lado. «Mas, posteriormente, é provável que recorramos ao “outsourcing”», revela a secretária-geral da instituição. «A Unidade é única, tendencialmente a convergir para a convalescença», sublinha a responsável, que fez de guia ao edifício, e acrescentou ainda que «a partir de 2007 a longa duração irá sair da nossa unidade para ir para localidade do distrito». No piso superior há um auditório e funcionam os serviços administrativos da Misericórdia, que abandonaram as instalações situadas no Largo João de Almeida. «A administração já se mudou para aqui, porque a unidade necessita de um acompanhamento muito mais próximo, quer da provedoria, quer de outros serviços», indica Isabel Bandurra.

Para as antigas instalações há projectos em mente e algumas propostas, «mas ainda não há nada de concreto», revelou, escusando-se a mais pormenores. O que antecipou foi a inclusão de uma Unidade de Saúde Familiar e outra de Recuperação Global, que incluirá fisioterapia, cujos trabalhos poderão começar no próximo ano. «Mas isto implica obras, investimento e provavelmente negociações e contratos finais», adiantou. Essa valência terá diversos tipos de terapia, como a ocupacional, da fala, respiratória ou de recuperação motora. Neste momento, está a ser feito o recrutamento da equipa médica e de enfermagem, «com várias entrevistas a toda a hora», diz, sublinhando que «isto não é um hospital privado, é uma unidade de cuidados continuados».

Patrícia Correia

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