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Vitória merecida

Figueirense ganhou em S. Romão e torna-se líder isolado do Distrital da Guarda

Ao vencer no difícil terreno do S. Romão, e beneficiando do empate do Fornos, o Ginásio Figueirense assumiu, de forma isolada, a liderança do Distrital da Guarda. Cerca de 150 pessoas assistiram a esta partida da 10ª jornada entre o sexto e o segundo classificados, duas equipas com objectivos diferentes para esta época: a manutenção e a subida, respectivamente.

A formação da casa apresentou algumas baixas, como o influente Bruno Martins (lesionado), cuja ausência no corredor direito foi a mais notada. Decorridos os primeiros 15 minutos verificou-se que o respeito futebolístico era mútuo, com as duas equipas a optarem por um futebol de contenção, jogado a meio-campo, com passes curtos e sem profundidade. Tudo para estudar a melhor maneira de ultrapassar as falhas do adversário. Após os 20 foram os serranos que deram o primeiro sinal de perigo, num cruzamento de Nelson que obrigou Boneco a desviar em bom estilo. Na resposta, Miranda impôs-se a uma tentativa de Alexandre. Nos restantes minutos da primeira parte sucedeu-se uma toada de parada e resposta, com um domínio do Figueirense na recta final. Os visitantes conseguiram 12 cantos, num período em que Zé Tó e Faneca deram nas vistas. Um pouco confundido com o futebol adversário, o S. Romão contra-atacava como podia, mas Samuel, Jorge e Carlos Santos tinham em Boneco um opositor de alto gabarito.

Após o intervalo, os locais entraram com vontade de querer modificar o rumo dos acontecimentos, tentando impor o ritmo e aplicar a velocidade como arma de arremesso à baliza adversária. No entanto, duraram pouco as suas intenções, pois não conseguiram confundir os visitantes. Do outro lado, o maestro Faneca, auxiliado pelos seu pares, deram mostras de querer vencer a partida, pelo que as oportunidades apareciam e o golo adivinhava-se. Nesta fase, Luís Paulo, Paulo Jacinto e Zé Tó não davam tréguas à bem escalonada defensiva do S. Romão, onde Miranda, Rafael, Silva e Bruno tinham trabalho a dobrar. O Figueirense conseguiu impor o seu futebol, enquanto o S. Romão defendia e contra-atacava. Aos 63 , o recém-entrado Vicente poderia ter feito melhor. Mas o primeiro golo surgiu aos 71 . Alexandre, descaído na direita, cruzou para o segundo poste, onde apareceu Luís Paulo a cabecear para o fundo da baliza de Miranda. Os locais tentaram reagir, mas o bom posicionamento dos figueirenses, um pouco recuados, não deixou que os avançados da casa criassem perigo. Manuel Barbosa manteve a equipa estendida pelo terreno, sempre bem aberta nas alas, enquanto os defesas serranos não acertavam com as marcações. Assim, aos 81 , mais um cruzamento da direita, desta feita de Faneca, com Zé Santos a não perdoar. Resultado justo para o melhor colectivo em campo. Contudo, o S. Romão merecia o tento de honra pelo esforço e entrega ao jogo. A equipa de arbitragem esteve em bom plano.

Arlindo Marques/ jornal Porta da Estrela

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