Na sua última factura, alguns moradores receberam listagens com nada mais, nada menos, do que 16 pontos descriminados, entre consumo de água, tarifa de disponibilidade, taxa de conservação e tratamento de esgotos, tarifa de drenagem de esgotos e taxa de resíduos sólidos fixa e variável. Algo que não sucede com as facturas da Guarda e do Sabugal, onde são simplesmente apresentados o consumo da água e as tarifas de saneamento e de resíduos sólidos. No entanto, no caso do Sabugal, por dois meses de facturação, os munícipes pagam 3,78 euros pelo aluguer do contador, 14,57 euros pela taxa de saneamento – a maior diferença em relação à Guarda – e 4,10 euros pelo tratamento dos lixos. Assim, em comparação com a factura da capital de distrito, os sabugalenses pagam um total de 22,45 euros, mais 7,91 euros que os guardenses. Já na factura da luz, as taxas pagas pelos utilizadores são praticamente as mesmas nos três concelhos analisados. Se a contribuição audiovisual, que assegura o financiamento do serviço público de radiodifusão, é exactamente a mesma (3,34 euros em dois meses), a taxa de exploração das instalações eléctricas, mais conhecida por taxa DGGE-Direcção Geral de Geologia e Energia, é um pouco mais elevada na cidade raiana. Assim, enquanto os munícipes da Covilhã e da Guarda pagam apenas 14 cêntimos de taxa de exploração da DGGE, os habitantes do Sabugal têm que desembolsar, pelos mesmos dois meses, 70 cêntimos. Também na factura do gás os consumidores vêm ser-lhes debitados o termo fixo, no valor de 6,21 euros quando se trata de propano canalizado, e de 4,08 euros no caso do gás natural.
Ricardo Cordeiro