Cerca de 200 espectadores assistiram à vitória do S. Romão sobre o Sporting da Mêda, na oitava jornada do Distrital da Guarda. O encontro foi muitíssimo equilibrado e jogado quase sempre no meio-campo.
Os serranos actuaram numa toada ofensiva, com parada e resposta continuada da turma da Mêda, que teve no seu guarda-redes a figura de destaque. As oportunidades dividiram-se nos primeiros 45 minutos. Logo aos 4 , na marcação de um livre directo à entrada da área, Carlitos brilhou com uma boa defesa. Aos 11 , Trigo, numa boa jogada e com um remate forte, obrigou Miranda a defesa apertada. À passagem dos 28 , Bruno Martins poderia ter feito melhor e, aos 40 , Miranda evitou o pior, saindo aos pés de Guerra. O empate na primeira parte era justo devido ao desempenho e oportunidades das duas equipas, tendo o S. Romão demonstrado alguma fragilidade no meio-campo e ataque. Já a Mêda enchia todo o campo com marcações à zona, aberturas aos flancos e entre-ajuda defensiva notória. Os minutos iniciais do segundo tempo não trouxeram nada de novo. Tudo parecia estar decidido e a divisão de pontos seria o resultado mais esperado.
No entanto, não se entende o motivo porque jogadores com “provas dadas”, como Carlos Santos, Armando e Gonçalo, ficaram no banco. De resto, as trocas de Roberto por Carlos Santos, Jorge por Armando e Samuel por Vicente fizeram com que o meio-campo e o ataque local melhorassem de forma notória. Apareceram então oportunidades para alterar o marcador, com destaque para o S. Romão. Bruno Martins rematou ao poste, Carlos Santos, de livre directo, obrigou Carlitos à defesa da tarde e Vicente rematou à barra, com o guarda-redes contrário a evitar que a recarga terminasse na baliza. Sem dúvida que Nelo Silva e David Oliveira apostaram bem nas substituições, pois, aos 71 , receberam a gratificação. Paulo desceu pela direita, rematou cruzado para Carlitos, que, ao tentar aliviar a bola, marcou na sua própria baliza. Após o golo, a Mêda deu o tudo por tudo, mas os renovados meio-campo e ataque dos locais confundiram e enervaram a Mêda, que se perdeu por completo nos minutos finais da partida e poderia ter sido brindada com mais um ou dois golos. A equipa de arbitragem fez um trabalho sem problemas, acompanhando os lance de perto.
Arlindo Marques/ jornal Porta da Estrela