Sociedade

IPG internacionaliza cursos para atrair mais alunos estrangeiros

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Escrito por Efigénia Marques

Projeto da UNITA – Rede de Universidades Europeias vai adaptar currículos, formar docentes, preparar diretores e apoiar alunos

O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai reorganizar os seus currículos e dar formação específica aos docentes para trazer para os seus cursos alunos estrangeiros das universidades de França, Espanha, Roménia e Itália que integram a UNITA – Rede de Universidades Europeias. Esta aliança, da qual o IPG é membro de pleno direito desde novembro de 2022, une instituições que têm em comum a localização em zonas transfronteiriças e de montanha.
O projeto “UNITA – Receitas para a Internacionalização” terá a duração de três anos e será cofinanciado em 400 mil euros pela União Europeia. Para além da adaptação dos conteúdos dos cursos e currículos das licenciaturas a alunos de outras nacionalidades, este projeto “irá melhorar a formação dos docentes e prestar apoio aos diretores dos cursos de licenciatura que desejem melhorar a internacionalização dos seus currículos”. Serão criados novos cursos, com inovações que irão aumentar a disponibilidade de serviços educativos digitais como cursos online, videoconferências, webinars, etc.
Para além do Politécnico da Guarda, e sob a coordenação da Universidade Savoie Mont Blanc de Chambery (França), irão participar diretamente neste projeto a Universidade Pública de Navarra (em Pamplona, Espanha), a Universidade Transilvânia de Brasov (Roménia) e a Universidade de Estudos de Brescia (Itália). Outras universidades da UNITA deverão depois juntar-se a este grupo inicial.
Segundo Manuel Salgado, vice-presidente do IPG, “internacionalizar os programas de licenciatura e de mestrado das suas escolas é uma aprioridade para o Politécnico da Guarda”. Para o coordenador no IPG dos programas Erasmus+, “é também prioritário desenhar mecanismos de apoio económico adicionais à mobilidade dos alunos da Ação Social Escolar, por forma a que as suas limitações económicas não os impeçam de frequentar uma parte dos seus cursos no estrangeiro”.
O projeto vai organizar atividades de colaboração com “conselheiros em internacionalização”, as quais irão incluir 70 diretores de cursos de licenciatura e representantes dos estudantes das diversas universidades envolvidas. Nessas atividades irão construir e avaliar ferramentas para aumentar a oferta educativa apta a atrair alunos estrangeiros, preparando os docentes para ministrarem os novos conteúdos.
O projeto irá desenvolver o “Guia UNITA RECIPE”, um guia digital de fácil utilização para a divulgação internacional de programas de estudo junto de diretores dos cursos de licenciatura. O guia incluirá 25 “receitas” que podem ser implementadas para esse fim. Será também criada uma ferramenta de autoavaliação da internacionalização dos cursos de cada instituição, a qual permitirá monitorizar cerca de 150 currículos das universidades participantes.
“Decidimos criar o Guia digital e uma ferramenta digital de autoavaliação para proporcionar um amplo acesso às tecnologias digitais”, afirma Manuel Salgado. “Atualmente a componente digital é parte integrante das práticas universitárias, pelo que pretendemos tirar partido de duas plataformas já existentes: o Campus Virtual da UNITA, e o site da UNITA para a divulgação dos resultados do projeto, e a Cloud de Dados da UNITA para apoiar o trabalho colaborativo.”
O projeto “UNITA – Receitas para a Internacionalização” terá uma prioridade importante: “Apoiar as instituições de ensino superior na sua cooperação com as suas congéneres ucranianas”. Nesse sentido vão ser acolhidos os contributos de diretores de cursos de licenciatura da Universidade Nacional Yuriy Fedkovych, em Chernivtsi, no sudoeste da Ucrânia.

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Efigénia Marques

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