Região Sociedade

2023, um ano para esquecer – Dezembro

Dez
Escrito por Luís Martins

Muito pouco do que contávamos que acontecesse acabou por não se concretizar na Guarda e na região no ano que está a chegar ao fim. 2023 foi um ano perdido de expetativas, durante o qual a resiliência dos seus habitantes foi mais uma vez posta à prova. Com 2024 já no horizonte sobram as preocupações quanto ao futuro de uma região sem investimentos reformistas e mobilizadores.

Dezembro

Já há uma luz ao fundo do túnel para o porto seco. A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana (APDL), que vai gerir a infraestrutura, lançou o concurso público para a construção da primeira fase do projeto no terminal rodoferroviário da Guarda, num investimento de 4 milhões de euros. Chumbado o orçamento, Sérgio Costa iniciava negociações com a oposição para viabilizar segunda versão, mas sem sucesso. Entretanto, o executivo aprovou o contrato de comodato a celebrar com a GNR para a instalação do comando Nacional da UEPS na escola de São Miguel confirmando-se a notícia divulgada em primeira mão por O INTERIOR em fevereiro. A cedência do espaço foi formalmente assinada a 21 de dezembro, um dia histórico para a Guarda, que vai voltar a ter um quartel com 250 militares e, pela primeira vez, um general no comando. Na cultura, o Museu do Côa inaugurava uma grande retrospetiva da obra de Paula Rego por ocasião dos 25 anos da inscrição das gravuras rupestres do Vale do Côa na lista do Património Mundial da UNESCO. Pela primeira vez, houve duas listas candidatas às eleições para os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, tendo ganho Joaquim Costa Gomes, que sucede a Carlos Gonçalves na presidência da direção. Este mês foi o escolhido para entregar a Lídia Jorge o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos. A romancista revelou, em entrevista a O INTERIOR, a ligação que tinha com o pensador. Perdida a hipótese da Guarda, o grupo Terra Quente escolheu Vila Nova de Foz Côa para abrir uma unidade de saúde privada com exames complementares de diagnóstico e consultas em várias especialidades. Já o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, revelou, à margem da mensagem de Natal, que esperava ser substituído antes da Páscoa. Em final de mandato, a ministra da Justiça veio à Guarda inaugurar as obras de requalificação da Polícia Judiciária e ouviu o diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmar que a construção do edifício, em 2005, foi «um crime» por causa da má qualidade dos trabalhos. E o ano acabou sem orçamento aprovado na Câmara da Guarda, que entrou em 2024 com documentos previsionais de 2023.

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Luís Martins

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