O Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela conta diariamente com 18 elementos, um número que passa para 32 aos fins de semana e que pode chegar aos 100 operacionais em caso de necessidade.
A informação foi dada na passada sexta-feira pelo comandante do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela durante a apresentação do dispositivo que vai estar mobilizado entre dezembro e abril. Segundo António Fonseca, o universo de recrutamento, com as seis corporações de bombeiros da Covilhã, Seia, Manteigas, Gouveia, Loriga e São Romão, assim como com os dois postos da Força Especial de Proteção Civil, em Unhais da Serra (Covilhã) e Valezim (Seia), mais as unidades de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, pode «facilmente ascender à centena de operacionais» numa emergência, num dispositivo, com mais de duas décadas, que «está consolidado e não há necessidade de fazer grandes alterações, porque tem corrido bem».
A secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, destacou a importância destas forças na Serra da Estrela, sublinhando que, além da capacidade de resposta, «têm um papel preventivo e de sensibilização junto dos visitantes». «Acho que se tem conseguido ganhar tanto do ponto de vista do robustecimento da resposta, como nessa dimensão da prevenção e garantir que a Serra da Estrela, um dos locais mais bonitos do país, possa ser também um local seguro», disse a governante durante a apresentação, realizada na Torre. A intenção é dar uma resposta pronta a eventuais acidentes e ocorrências, esperando que «nunca aconteça, mas, se acontecerem, estão estes operacionais prontos para responderem e minimizarem o impacto dessas situações».
O subcomandante regional frisou que o último acidente mortal aconteceu em 2007, na sequência de uma pessoa que se perdeu na montanha. Esse registo, considerou, está relacionado com a presença, em permanência, do dispositivo, «que permite que haja uma circulação de informação, de apoio, que ajuda a que, preventivamente, situações complicadas não ocorram».