Sociedade

”BrilhanteMente” pretende contribuir para a Inteligência Emocional dos alunos do Liceu

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Escrito por Efigénia Marques

Agrupamento Afonso de Albuquerque aposta em projeto inédito ao nível das emoções dos estudantes

Esta terça-feira o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, na Guarda, apresentou o projeto “BrilhanteMente” com uma sessão no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG).
A iniciativa relaciona-se com a Inteligência Emocional que, segundo explicou Paulo Moreira, especialista na área, a O INTERIOR, «é a capacidade de reconhecermos as nossas emoções. Sabermos reconhecer se estamos tristes, irritados, alegres… entender a causa das emoções (porque todas surgem por um motivo) e entender a consequência das nossas emoções». Paulo Moreira exemplifica: «Se eu estiver irritado e sair do trabalho ou da escola e interagir com a minha família irritado… será que a consequência dessa emoção no ambiente é boa ou má? Temos de entender a causa e a consequência para gerir a emoção».
No meio escolar, quando um aluno «tira uma nota má e se sente triste, por vezes acha que não pode fazer nada para mudar. Essa tristeza pode começar a levar um caminho menos saudável no relacionamento com os professores e colegas». Paulo Moreira acrescenta que as emoções são importantes «para entender como está o mundo ao nosso redor. As emoções são lentes que usamos, não é a realidade». A Inteligência Emocional ajuda a «conseguir adaptar o comportamento às situações», acrescenta.
O diretor do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, José Carvalho, reconhece que «temos muitas crianças com objetivos académicos ambiciosos e outros com necessidades no desenvolvimento e acompanhamento emocional e não tínhamos algo dentro da escola que respondesse a estas necessidades». Então, o “BrilhanteMente» vem «trabalhar com as emoções dos alunos, estabilidade emocional e do desenvolvimento». José Carvalho explica que se trata de uma «dinâmica diferente». São principalmente «dinâmicas de grupo que levam os alunos a ajudar-se uns aos outros e tomarem consciência de com quem estão a interagir».
Qualquer membro da comunidade escolar que sente que algum aluno «precisa de acompanhamento» pode utilizar o «formulário de referenciação do Agrupamento para explicar o motivo que levou à necessidade», adianta o responsável. A equipa de psicologia e orientação e as técnicas que enquadram o “BrilhanteMente” «fazem uma primeira avaliação e os alunos são enquadrados em grupos mediante a análise inicial».

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Efigénia Marques

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