A covilhanense Mafalda Duarte, atualmente a chefiar o fundo de investimento climático do Banco Mundial, foi apontada como uma potencial candidata para liderar a instituição cujo maior objetivo é promover a redução ou eliminação da pobreza, de acordo com o jornal “Financial Times”.
Atualmente a viver em Washington (Estados Unidos da América), Mafalda Duarte é responsável por um dos instrumentos mais importantes da organização especializada no financiamento de projetos em países em vias de desenvolvimento: o CIF — Climate Investment Funds, vocacionado em projetos de combate às alterações climáticas, com um “poder de fogo” atual de 11 mil milhões de dólares (10,3 mil milhões de euros). Segundo o jornal “Expresso”, que cita o reputado “FT”, «é exatamente o saber fazer na área do clima que os Estados Unidos procuram para a liderança do Banco Mundial. Os EUA são o maior acionista entre os 190 desta instituição e quem escolhe de facto o seu presidente». Por isso, o jornal económico considera que Mafalda Duarte está «bem posicionada» para este «desafio» de «aumentar os esforços para mitigar a ameaça do aquecimento global».
Natural da Covilhã, Mafalda Duarte estudou Relações Internacionais na Universidade do Minho, licenciatura que terminou em 1998, fazendo depois mestrados no Reino Unido e Estados Unidos. De acordo com o “FT”, além da covilhanense estarão na corrida Samantha Power, atual líder da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e antiga embaixadora norte-americana nas Nações Unidas; Raj Shah, presidente da filantrópica fundação Rockefeller; Ngozi Okonjo-Iweala, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio; e Gayle Smith, antiga coordenadora de resposta à covid-19 e de segurança sanitária do Departamento de Estado norte-americano. Os nomes terão de ser propostos pelos estados-membros. A decisão deverá ser conhecida em abril.