A Guarda e o seu distrito merecem isto.
Em menos de um ano duas candidaturas rejeitadas, C.C.E.C. [candidatura a Capital Europeia da Cultura] enviada via correio e agora a DGArtes, que possui mais 800 mil euros para quem faz da cultura o seu modo de vida e vida para outros.
De facto, é necessário possuir cultura para aceitar cultura, é necessário rodearmo-nos de gente culta para fazer cultura, é preciso saber para decidir.
Américo Rodrigues, diretor-geral da DGArtes, está a ver o filme pela segunda vez, uma Beira à beira de tudo e à beira de nada, a cultura cada vez mais distante. Na DGArtes deverão sentir uma tristeza ao confrontarem-se com decisões de rejeição de uma candidatura, vista como prejudicial ao povo que representa.
Se marias e mestres haverá muitos, currículos a dizerem que exerceram, existem em demasia, mas que efetuem há poucos, a grande maioria marca simplesmente presença por onde passa, o que não se sabe é em que posição ou oposição, afinal ou no final nada decidem, fazem o que lhes mandam ou nada acrescentam ao currículo.
A cultura não é para quem quer é para quem sabe, cultura não são atividades
laboratoriais, são atividades para além do levantamento do peso do “Deus Baco”, sendo que essa cultura também é valida, mas agora falamos da outra cultura, da cultura investida e agora perdida.
Resta que o tempo passe para novas estratégias aparecerem se a incultura não ganhar um mestrado. Viva o “Deus Baco”.
Carlos Tavares