O regresso da normalidade trouxe um verão memorável à região. Agosto, o meu querido mês de agosto…
Como já comentei, para lá da consternação e o flagelo dos fogos, a região voltou a viver no último mês a alegria das festas populares.
Se o regresso das festas à Guarda se celebra, ainda que se tenham limitado a três noites de espetáculos musicais, por toda a região o silêncio da pandemia deu lugar à intensidade das festividades. Todas as vilas, aldeias e cidades viveram intensamente as noites e os dias quentes de agosto, os emigrantes voltaram a encher as suas terras natal e o ambiente de festa foi como nunca. Ou como sempre, mas parece que já nos tínhamos esquecido durante os dois anos de pandemia.
E enquanto em Pinhel se viveu a Semana Grande de Festas, com as comemorações dos seus 252 anos de elevação a cidade, foi o regresso da Feira de S. Bartolomeu e as Festas da Cidade de Trancoso que marcam este verão na região.
E de forma superlativa, o espetáculo de Pedro Abrunhosa em Trancoso – quase três horas de um grande concerto, cheio de energia, de melodias e mensagens, de poesia e palavras, de luz e som – numa noite em que o músico assumiu as suas origens beirãs, pois «metade da minha família é de Momenta da Beira e a outra metade é dos Gatos e Foz Côa», num momento carregado de intensidade e ligação a um público fiel e rendido que cantava em coro todas as músicas. Foi assim em Trancoso, na noite quente e memorável do passado dia 19 de agosto de 2022 – o artista resumiria a noite nas suas redes socias por «Apocalipse de A.M.O.R. em Trancoso!», https://www.facebook.com/PedroAbrunhosaFanClub/posts/608613073968448
Luís Baptista-Martins
