P – A Feira das Tradições, que não se realizava há dois anos, está de regresso e com “O Melhor de Pinhel” como tema. É um sinal de otimismo e de apoio para os agentes locais? R – É o maior evento organizado anualmente pelo município de Pinhel e é sempre um sinal de otimismo e de apoio para as nossas gentes, instituições e empresas, em suma, para as forças vivas da cidade e do concelho. Este ano é natural que este sinal de apoio tenha um significado ainda mais especial após dois anos a vivermos em situação de pandemia e com todas as consequências e limitações que advieram desta situação. Todos estamos desejosos de nos voltar a encontrar neste grande evento que visa, acima de tudo, promover Pinhel e todas as potencialidades do nosso concelho, desde logo no que diz respeito às tradições que são o testemunho dos saberes que foram passando de geração em geração e que, fruto desta iniciativa, têm sido homenageadas e reavivadas a cada ano. P – A Câmara de Pinhel aposta num cartaz musical forte. Ainda é possível fazer crescer mais aquele que já é considerado o maior certame de Inverno na Beira Interior? R – Nós acreditamos que é sempre possível fazer diferente, fazer mais e melhor, evoluir e inovar. Claro que o formato geral da Feira das Tradições já está consolidado há alguns anos, mas isso não quer dizer que nos acomodemos, antes pelo contrário. No que diz respeito ao cartaz da Feira, sim… naturalmente que este ano fizemos uma forte aposta em nomes que sabemos serem atrativos para diferentes públicos. Ter em Pinhel um concerto que vai juntar o clã Carreira é de facto arrojado e sabemos que vai trazer milhares de pessoas na primeira noite. Aliás, temos tido esse “feedback” através de mensagens que nos têm chegado pelos mais diversos meios… No resto do fim de semana temos mais nomes sonantes, caso dos Calema e dos Lucky Duckies, mas também continuamos a apostar na música e na cultura popular local, com concertos das duas bandas filarmónicas do concelho (Pinhel e Pínzio), do grupo Trovas da Beira e também dos vários grupos de concertinas que temos, a par dos Bombos de São Bernardo e do Rancho Folclórico A Flor do Campo, de Souropires. Em suma, como é habitual, é um cartaz que pretende ir ao encontro das expetativas dos diferentes públicos. P – Não receia alguma retração em termos de visitantes por causa da pandemia? R – Pode acontecer, é um risco que corremos. Mas a verdade é que as restrições acabam de ser aliviadas face à evolução da situação pandémica em Portugal, o que vem reforçar a ideia que tínhamos de que seria seguro começar a organizar a Feira das Tradições antecipadamente, estando naturalmente atentos à evolução da situação epidemiológica. Neste momento, e definido o alívio das restrições, nomeadamente nos eventos, acho que as pessoas não têm que ter receios em visitar-nos e virem à Feira das Tradições, ainda que tendo que cumprir as normas em vigor e as definidas pela organização. P – Quais são as medidas adotadas para garantir a segurança das pessoas que vierem ao Centro Logístico de Pinhel? R – Ao decidir avançar com a organização da 27ª Feira das Tradições na data habitual, ou seja, no fim de semana que antecede o Carnaval, o município começou desde logo a delinear um plano de contingência ao abrigo das normas em vigor. Até há uns dias estava planeado um conjunto de normas que visavam o cumprimento das diretrizes preconizadas pelas autoridades de saúde. Como a situação epidemiológica do país tem vindo a evoluir de forma positiva e o Conselho de Ministros do passado dia 18 decidiu declarar situação de alerta para todo o território nacional continental e, ao mesmo tempo, suspender a maior parte das medidas de contenção em vigor, uma das medidas levantada foi a exigência de apresentação de comprovativo de realização de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos. Contudo, o município de Pinhel continua empenhado em garantir a segurança de todos, pelo que as medidas de segurança passam sobretudo pela criação de circuitos de circulação, disponibilização de vários pontos de higienização das mãos e obrigatoriedade do uso de máscara. P – O que destaca neste fim de semana? R – O melhor de Pinhel, sem dúvida. É esse o tema da 27ª Feira das Tradições e é esse o nosso propósito. Mostrar a todos o melhor do nosso património, da nossa cultura, das nossas tradições, do nosso artesanato, da nossa gastronomia, dos nossos vinhos… Mas o melhor de Pinhel são também as freguesias que marcam presença no certame, as instituições, as empresas e, acima de tudo, os pinhelenses. Esse é o nosso maior orgulho, sabermos que neste fim de semana todos estão empenhados em mostrar e promover o melhor de Pinhel. _________________________________________________________________________
RUI VENTURA
Presidente da Câmara Municipal de Pinhel
Idade: 50 anos
Naturalidade: Pinhel
Currículo (resumido): Funcionário autárquico, formado pelo CEFA – Centro de Estudos e Formação Autárquica; Foi tropa nos Comandos; Dirigente político no seu partido de sempre, o PPD/PSD, ao longo dos últimos 35 anos; Dirigente Associativo em diversas coletividades do concelho de Pinhel.
Filme preferido: “Top Gun”, de Tony Scott
Livro preferido: “Os Pilares da Terra”, de Ken Follett
Hobbies: Desporto, motos e animais
