«A redução da área dos locais com potencial de existência de lítio é uma meia vitória», considera o presidente da Câmara da Guarda, que está preocupado com o desfecho da Avaliação Ambiental Estratégica, promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), que concluiu que em seis deles há condições para avançar com o concurso público para atribuição de direitos de prospeção e de pesquisa de lítio.
Recordando que a autarquia emitiu parecer desfavorável a este tipo de exploração mineira, Sérgio Costa tem várias dúvidas sobre o processo: «Afinal de contas, que riqueza é que o lítio nos vai trazer para o território? Postos de trabalho? Qualidade de Vida? Ou vai-nos retirar tudo isto? É essa ponderação que a Câmara da Guarda vai fazer na análise técnica que irá efetuar», disse o edil independente a O INTERIOR.
Segundo o autarca, o município vai «ficar atenta ao desenrolar do processo». Os seis locais viáveis, onde é proposta uma redução de área inicial para metade, são as áreas de “Massueime”, que abrange os concelhos de Almeida, Pinhel, Trancoso e Mêda; de “Guarda-Mangualde C (blocos N e S”), nos concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda; e de “Guarda-Mangualde E”, que abarca zonas dos municípios Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal.
Outros locais onde a prospeção e pesquisa de lítio vai avançar é a área “Guarda-Mangualde W” (Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo e Fornos de Algodres) e “Guarda-Mangualde NW” (Viseu, Satão, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia e Nelas).
Segundo o ministério, nos próximos 60 dias poderá avançar o procedimento concursal para atribuição de direitos de prospeção e de pesquisa de lítio nestas zonas. De fora do futuro concurso ficaram as áreas “Arga” (no distrito de Viana do Castelo) e “Segura” (Castelo Branco e Idanha-a-Nova) porque a Avaliação Ambiental Estratégica concluiu que «as restrições ambientais inibem a prospeção e consequente exploração», adianta o gabinete do ministro Matos Fernandes.