Com a campanha para as legislativas a chegar ao fim, O INTERIOR foi ouvir os candidatos pelo círculo da Guarda dos partidos que, tradicionalmente, não elegem deputados. Quase todos responderam a quatro perguntas:
1 – Quais são as suas três principais propostas?
2 – Qual é o maior problema do distrito da Guarda e o que propõe para o resolver?
3 – Como avalia os deputados eleitos pelo círculo da Guarda? e
4 – Por que é que um eleitor deve votar em si?
Faltaram à chamada os cabeças de lista do MPT (Mário Gomes), PTP (António Andrade), R.I.R (Ana Ramos) e MAS (Sílvio Miguel). Já o candidato do Chega (José Marques) manifestou disponibilidade para responder, mas não o fez até à hora do fecho desta edição. Aqui ficam as respostas.
Pedro Cardoso (Bloco de Esquerda)
1 – Reforçar o investimento na saúde, na educação e na cultura. São áreas fundamentais para atrair e fixar pessoas no interior e vamos trabalhar para que mais investimento público seja canalizado para o distrito.
Um programa integrado para fazer face às alterações climáticas no distrito. Baseado na poupança e eficiência energética ao mesmo tempo que se acaba com a pobreza energética, na mobilidade sustentável, na floresta autóctone e biodiversidade, na monitorização e despoluição das águas, no aumento do número e no apoio a vigilantes florestais, sapadores e bombeiros que estão na linha da frente da defesa civil e da natureza.
O fim do programa de pesquisa de lítio, que antevê a implementação de projetos de mineração a céu aberto. Essas minas, que não vão ser apenas de lítio, vão poluir as terras, as águas, o ar, prejudicar a agricultura, o turismo e a saúde das populações, a troco de muito pouco.
2 – O maior problema é o declínio do Serviço Nacional de Saúde que se reflete nos hospitais e centros de saúde do distrito. É necessário investir no SNS e promover o acesso à saúde eliminando os tempos de espera para consultas e cirurgias e os custos para as famílias. No distrito precisamos de mais médicos, enfermeiros e técnicos de saúde e de melhorar as suas condições de trabalho. Além disso, defendemos a criação de um Serviço Nacional de Cuidados, que desenvolva uma rede de respostas públicas na área da infância, da terceira idade, da dependência e da promoção da autonomia.
3 – Faço uma avaliação negativa por aprovarem políticas que, no essencial, não servem o distrito e as suas gentes.
4 – Pela mudança e pelo fim do monopólio de PS e PPD/PSD, que têm responsabilidades políticas no declínio em curso. Por uma nova dinâmica e energia na defesa das populações e do distrito.